Quem não quer que sua marca seja amada pelos clientes? Clientes que amam são fiéis e mais rentáveis, são também mais transparentes a respeito das suas necessidades e insatisfações. Nesta postagem vamos falar um pouco sobre o conceito Lovemarks, criado pelo publicitário Kevin Roberts, ex CEO da Saatchi & Saatchi, em 2004. Nossa! Olhando assim parece agora que faz tanto tempo!
Uma Lovemark, ou marca amada, é aquela que conseguiu se destacar em seu mercado, que é referência para além de seu segmento de negócio, e os clientes são completamente loucos por ela. Podemos falar de Coca-Cola, Apple, Tesla e muitas outras, dando exemplo de empresas gigantescas, mas no dia a dia podemos focar em construir a marca de nossas médias ou pequenas empresas com os mesmos atributos usados nestas gigantes.
Para criar uma relação de amor entre a marca e seus clientes, temos que adotar e aplicar três elementos em nossa construção de marca, são eles:
- Sensações — Uma lovemark estimula todos os nossos sentidos por meio de suas ações de branding e produto. Aquele cheiro de pão característico de sua padaria favorita é um exemplo.
- Intimidade — Manter a intimidade é ir além do CRM convencional, é entender que a empresa, o produto ou serviço estão numa história com o cliente. As mudanças e discursos da marca afetam a vida das pessoas e por isso elas devem ser responsáveis, cuidar dos sentimentos, saber qual o próximo passo de evolução junto a eles. Você já percebeu que uma mesma marca de carro, principalmente aquelas de entrada, vai aumentando o tamanho de seus modelos à medida que envelhece? O seu primeiro carro tende a ser o seu segundo também.
- Mistério — Também podemos chamar de gerenciamento de expectativa. O importante além de ter e contar uma história para seu cliente é criar emoções inesperadas, deixar seu cliente sempre querendo mais, os mantém engajados.
Apesar de parecerem simples, estes atributos necessitam de muito trabalho para serem estabelecidos. Vamos ver como isso funciona.
O primeiro passo para se ter uma marca amada é focar em um nicho de mercado. O foco te dará oportunidades de entender seu público mais profundamente, entendendo as personas e não apenas a segmentação.
Após isso, vamos migrar da razão para a emoção. Entendemos já há bastante tempo entre dois produtos parecidos, aquele que é acompanhado de mais emoções leva vantagem. Uma técnica usada pelo pessoal de comunicação que representa bem isso é o ESP Emotional Selling Proposition, ou Proposta de Venda Emocional, que é o argumento de comunicação usado por uma marca para definir quais emoções devem ser geradas por aquela marca. Estas emoções serão o passo inicial do amor futuro do seu cliente.
Finalmente vamos focar na história que queremos contar, manter a chama da curiosidade acesa, de modo a reter a atenção do seu cliente. Não podemos entregar todo o nosso valor de uma única vez, nosso cliente tem que nos descobrir aos poucos e ir se apaixonando.
Por fim, não podemos esquecer que uma lovemark também deve ser amada pelos seus colabores, pois mentira tem perna curta. Se os próprios colaboradores não amam a marca e não a defendem, por que alguém de fora deveria fazer isso?
São poucas as marcas que atingem este feito, mas como disse, isso não impede de criarmos uma lovemark em uma escala menor dentro do nosso ecossistema e possibilidades.
Quer conhecer algumas das marcas mais amadas do Brasil?
No último levantamento feito pelo Jornal o Estado de São Paulo, em conjunto com a Troiano Branding, em 20/08/2020, as Marcas Mais (engajadas e reconhecidas) de 2020 foram: Nestlé, Natura e Lojas Americanas. Você consegue reconhecer nelas algo que foi dito até aqui?
Pesquisa Marcas Mais AQUI.
Que tal dar uma olhadinha no original e me deixar seus comentários?
Até mais!
Artigo originalmente publicado em 02/02/21 no @Medium.
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